Entenda o que é o home equity e quais são seus benefícios

O home equity é uma modalidade de empréstimo com imóvel de garantia ainda em ascensão no Brasil. A categoria permite melhores condições de pagamentos, juros comedidos e prazos mais elásticos oferecidos pela instituição financeira, além de riscos mais baixos de inadimplência.

Conhecido também como refinanciamento, a modalidade se caracteriza pela entrega de um imóvel à instituição financeira, enquanto o proprietário estiver quitando as parcelas do empréstimo. O home equity pode ser utilizado para novos investimentos em negócios e imóveis, construir ou reformar, entre outros. 

Entenda, neste conteúdo, como funciona essa operação de crédito, quais suas especificidades e suas características. 

Home equity: o que é e quais são seus benefícios   

Comum em países da Europa e nos Estados Unidos, a prática de home equity foi adotada pelos brasileiros e instituições financeiras. Ele funciona da seguinte forma: uma pessoa física ou jurídica que busca crédito aceita ceder um imóvel – já quitado e em seu nome – como forma de garantia pelo crédito até o empréstimo ser quitado 100%. 

Para isso, existe uma transferência temporária da propriedade para o nome da instituição financeira durante o período que a dívida transcorrer. O processo é conhecido como alienação fiduciária. 

Diferente dos empréstimos tradicionais, o crédito emprestado pode ser usado para qualquer finalidade. Entre os benefícios da modalidade estão:

  • Taxas mais baixas;
  • Usufruto garantido do imóvel; 
  • Prazos maiores para pagamento;
  • Juros mais baixos, em geral, menos de 2% ao mês. 

O home equity é uma modalidade em ascensão no Brasil

De acordo com o Banco Central (BC), em maio de 2019, a prática do home equity teve uma alta de 45%, comparado ao mesmo período de 2019. Com a taxa Selic em 2%, o potencial dessa modalidade pode atingir um mercado de aproximadamente R$ 500 bilhões nos próximos anos. 

Nesta modalidade, a propriedade pode ser usada normalmente pelo proprietário até o final do contrato com a instituição financeira. Dessa forma, o imóvel ainda poderá ser usado em benefício próprio ou aluguel. 

É importante destacar as diferenças entre home equity e hipoteca.  Nesta modalidade, o imóvel é dado como garantia que, em caso de inadimplência, evitam-se processos judiciais. Na hipoteca, por sua vez, o imóvel continua pertencendo ao devedor – não sendo uma garantia segura para as instituições financeiras, sendo que, em caso de inadimplência, podem ser gerados problemas judiciais para as financeiras recuperarem o crédito emprestado. 

O home equity e o mercado imobiliário 

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria e Construção (CBIC), no último trimestre de 2019, o programa Minha Casa Minha Vida correspondeu a 50,6% das unidades lançadas e deve seguir em queda nos próximos anos. Esse percentual já atingiu o índice de 56%, de acordo com a CBIC. 

Nesse cenário, o home equity ganha protagonismo como alternativa de funding para o mercado imobiliário, permitindo que existam recursos tanto para quem vai construir quanto para quem vai adquirir um novo imóvel. 

O Banco Central prevê que, em 20 anos, o home equity irá representar 20% do Produto Interno Bruto (PIB), contra os 3% atuais. A autarquia federal acredita que a modalidade de crédito poderá permitir, no futuro, ao mercado imobiliário uma fonte de recursos e se tornar a principal potência para a recuperação da economia brasileira. 

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